Na Busca de um bom Desempenho


A avaliação do desempenho de uma empresa pode ser feita de várias maneiras: comparando-se os resultados atuais com os do ano anterior ou verificando o desempenho dos concorrentes, por exemplo. Também podem ser utilizados indicadores da qualidade relativa aos produtos/serviços da empresa, sua habilidade inovadora para produzir novos produtos e serviços e melhorar sua produção e seu processo de atendimento e entrega ao cliente, além de sua participação relativa de mercado.

É aconselhável que a busca pelo melhor desempenho tenha início com o Planejamento Estratégico da organização, o que vai demandar um tempo razoável na sua elaboração, isto porque será necessária a compilação de uma gama de informações relacionadas ao ambiente externo (oportunidades e ameaças) que é composto por variáveis não controláveis e, também, as relacionadas ao ambiente interno (forças e fraquezas) cujas variáveis são controláveis. Mas, o tempo gasto num bom planejamento resulta numa melhor execução do projeto. É no Planejamento Estratégico que se define quais os
recursos (humanos, tecnológicos e financeiros) necessários para se atingir um
determinado objetivo num espaço de tempo. O Planejamento Estratégico contemplará, entre outras coisas, a revisão de todos os processos da organização, de maneira a torná- la mais ágil, flexível, competitiva e obter a tão desejada redução de custos.

Hoje em dia, muitas críticas são feitas à reengenharia. No entanto, o fato dela preconizar a revisão dos processos, deve ser visto como algo positivo no momento de informatizarmos uma organização. A reengenharia, utilizada equivocadamente por muitas organizações, justificou uma onda de demissões durante um determinado período. Muitas organizações entendiam que a “destruição criadora” era apenas refazer seus processos e reduzir seus custos através da diminuição de seu quadro de pessoal, utilizar maciçamente a tecnologia da informação e depois verificar as necessidades dos clientes.

Porém, o que a reengenharia preconiza é exatamente o contrário, isto é, primeiro se verifica quais as necessidades dos clientes e depois se procede a reengenharia dos processos com base em tecnologia de ponta, agregando valor aos produtos e serviços oferecidos e, muitas vezes realizando uma reestruturação organizacional com o objetivo de tornar a organização mais ágil e flexível, pronta para atender ao mercado.

Imagine, por exemplo, que as estruturas de ferro de uma casa ou prédio estejam tortas e enferrujadas ou, que as madeiras utilizadas estruturalmente estejam corroídas por cupins e, que no momento de uma reforma, essas estruturas fossem pintadas com uma ótima tinta. O que teríamos ao final da reforma? Estruturas tortas, enferrujadas e corroídas, porém, com pintura nova. Desta maneira, é possível que, em caso de desmoronamento da estrutura, o(s) responsável(is) pela reforma lamente(m) o que foi gasto na pintura desta mesma estrutura. Analogamente, podemos desenvolver o mesmo raciocínio no  momento de automatizarmos (pintarmos) os processos (estruturas) de uma organização (casa ou prédio). Sob esta ótica, é muito importante que seja feita uma profunda análise e/ou reforma dos processos de uma organização antes de informatizá-los, sob pena de se transformar os custos em despesas ao invés de investimento.

Na realidade, o que se busca é a melhoria do desempenho das organizações, o que está intrinsecamente ligado à Gestão da Tecnologia da Informação, à Gestão de Recursos Humanos (especificamente, Gestão por Competências), à Reengenharia, à Gestão da Qualidade Total e à Gestão dos Processos de Negócios destas organizações.

Material de MBA Sistema da Informação  – Haroldo Amaral, MSc, CBPP

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